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António José de Almeida
(1866 - 1929)
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Nasceu em Vale da Vinha, concelho de
Penacova, em 1866, e contava 25 anos quando se deflagrou a revolta do Porto. Formou-se em
Medicina. Orador de uma eloquência fascinadora, possuia a alma de um romântico caudilho.
Preparava-se para o professorado na Universidade, mas o seu ímpeto, o fulgor da sua
palavra, o irrequietismo de combatente, não foram propícios para a carreira em que
decerto se notabilizaria.
Em 23 de Março de 1890 publicou no jornal académico "O
Ultimatum", o artigo Bragança, o último que produziu enorme eco no
país, sendo o autor processado. Defendeu-o o Doutor Manuel de Arriaga mas foi condenado a
três meses de prisão o que espalhou o seu nome, até aí apenas conhecido entre os
condiscípulos. Publicou então, o livro Desafronta e Palavras de um
intransigente.
Quando terminou o curso partiu para S. Tomé. Ali exerceu clínica, notabilizando-se no
tratamento das doenças dos países quentes, adquirindo alguns meios de fortuna.
No funeral de Rafael Bordalo Pinheiro, conquistou as admirações pela
brilhante e ousada oração que pronunciou. Tornou-se um dos mais queridos chefes da
republicanos, cercou-o verdadeira aura popular. Combateu em comícios ao lado de Afonso
Costa, Alexandre Braga, Bernardino Machado, Manuel de Arriaga e outros célebres oradores
do movimento democrático. Foi eleito deputado do seu partido em 1906.
Tomou parte na conspiração contra a ditadura de João Franco sendo enclausurado quando
dos acontecimentos de Janeiro de 1908. Posto em liberdade, continuou a sua propaganda nas
páginas dum panfleto, Alma Nacional, e no livro A Monarquia Nova.
Proclamada a República, foi escolhido para a pasta do Interior no
Governo Provisório. Fundou o jornal "República", em cujas páginas
combateu veemente os processos do governo, contrários à sua maneira de sentir.
Depois da revolução de Sidónio Pais, deflagrada a 5 de Dezembro de 1918, e da revolta
monárquica de Monsanto, a 19 de janeiro de 1919, António José de Almeida foi eleito
para a presidência da República, em 6 de Agosto, cargo que assumiu até 5 de Outubro de
1923.
Sofrendo de gota durante grande parte da sua vida, foi-se gradualmente
afastando da política. Faleceu na madrugada de 31 de Outubro de 1929. O seu funeral
desencadeou uma grande manifestação de pesar, no qual tomaram parte individualidades de
todos os partidos políticos.
O Caso República
1997 - Lisboa, Portugal
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Trabalho realizado por:
Pedro Miguel Guinote
Rui Miguel Faias
Mário Rui Nicolau
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