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Declarações de outros partidos a propósito do Caso República






PPD / PSD

"Importa defender a informação livre. Ela é condição de democracia pluralista e de liberdade.
Porque este é um problema nacional, que ultrapassa posições e até divergências partidárias, não temos dúvidas em convocar os nosso militantes para a manifestação que hoje se realiza, às 19 horas, com concentração no Rossio, devendo comparecer sem bandeiras nem distintivos. Pela defesa das liberdades, para a construção da democracia.
O problema da imprensa após a sua quase total nacionalização, inerente às nacionalizações antes operadas, só terá solução quando, como em França e Itália, a cada partido representativo, o Estado atribua um jornal diário, permitindo a redactores e tipógrafos optar de acordo com a sua posição partidária aos leitores, ocultando essa posição sob a forma de pseudo-informação objectiva."




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MDP / CDE

" Aproveitando um conflito entre os trabalhadores e a administração do jornal «República», o PS está a desenvolver uma perigosa campanha, procurando perturbar a opinião pública e agravar o clima político do País. (...) O PS afirma que o Governo trá de respeitar a vontade popular. Respeitar a vontade popular é lançar as bases para a melhoria das condições de vida do nosso povo, para o desnvolvimento económico e socisl do país, para a garantia da independência nacional, para a construção do socialismo. (...) É isto que se tem feito com maior vigor depois de 11 de Março sob o impulso do Conselho da Revolução. Assegurando o salário mínimo, contendo os preços, nacionalizando os sectores-chaves da economia, arrancando com a reforma agrária em benefício dos trabalhadores rurais e dos pequenos agricultores, liquidando o poder dos monopólios e latifúndios que sustentaram o fascismo e conspiravam contra a nossa democracia.(...) É nestas tarefas patrióticas que se empenham os partidos progressistas, todas as forças que estam efectivamente com a revolução.(...) Quem distrai o povo dos verdadeiros problemas, quem não trabalha para a mobilização à volta destes objectivos não respeita a vontade popular nem contribui para o avanço da revolução."






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CDS

"O caso do «República» não teria porventura sucedido se antes não se tivessem dado o caso da RTP, o caso da Rádio Renascença e outros casos paralelos. O Governo e os partidos que dele fazem parte, têm indesmentíveis responsabilidades nesta matéria.
Quanto à questão agora em causa, o CDS apenas espera que a lei seja exemplarmente cumprida; que o problema em debate sirva de prova - mais uma - de que entre a revolução permanente, que se sabe como começa mas não se sabe como acaba, e o conservadorismo mais ou menos reaccionário cabe uma meta importante: a revolução que se institucionaliza no Estado de Direito, a ordem democrática que se afirma na tolerância e na disciplina, a revolução que faz da convivência fraterna entre todos os portugueses e dos seus mais genuínos valores populares tradicionais o instrumento de grandes transformações em favor dos estratos mais desfavorecidos da população - afinal os que mais acabam por sofrer pelas indefinições superficialmente experimentalista em que vivemos.
Que o MFA o compreenda e o faça cumprir, dentro da unidade, sem diversões internas, e num espírito de efectiva reconciliação nacional é o voto que o CDS sinceramente formula e em cuja a realização está, como sempre, disposto a dar todo o seu concurso e colaboração. A unidade no essencial tem de ser a unidade sobre um essencial bem explícito, bem definido e não equívoco; a unidade não pode confundir-se com a unanimidade ou com o monolítismo de posições; a unidade não pode coexistir com a arbitrariedade ou com a violação da Declaração Universal dos Direitos do Homem."




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PPM

"É preciso descaramento para acusar de falta de isenção um dos raros jornais que conseguiu manter a sua tradição de integridade e de independência, na linha da dura luta travada contra o fascismo! E quem são esses, que agora tão solícitos, de «isenção» e «apartidarismos», assaltam jornais, violam leis e procuram impor seja a que custo for o seu monolitismo totalitário?(...) O caso do "República" é um atentado que visa suprimir uma das liberdades fundamentais conquistadas pelo MFA.(...) A unidade necessária à construção do socialismo no nosso País terá de passar pela convergência de todos num projecto comum, dentro da mais ampla liberdade de expressão e no respeito pela diversidade de opiniões."








O Caso República
1997 - Lisboa, Portugal

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Trabalho realizado por:
Pedro Miguel Guinote
Rui Miguel Faias
Mário Rui Nicolau


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