Cronologia- 21 de Maio de 75








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Mário Soares não parte para Paris, ao contrário do previsto e anunciam-se para o dia seguinte uma conferência de Imprensa e uma manifestação ao fim da tarde no Rossio.
O Conselho da Revolução reune às 10 horas da manhã com o "caso República" incluindo na ordem de trabalhos, após o qual emite um comunicado especial em que afirma que "não pode deixar de estranhar a atitude assumida pelas forças partidárias, convocando inclusivamente manifestações de protesto e desagrado, quando o problema se acha em curso de solução legal, a única aliás, consentânea com a ordem democrática que se pretende ver consagrada no País".
Os trabalhadores do jornal "República" reunem-se no Instituto Superior Técnico em plenário e mais tarde são recebidos no Ministério do Trabalho. Ao mesmo tempo, os redactores emitem um novo comunicado e protestam por telegrama junto do Ministério da Comunicação Social sobre a "manipulação dos acontecimentos" que alegam ter sido feita pelo "Diário de Notícias" e pelo "Século". Nessa mesma manhã o primeiro destes jornais publica um esclarecimento da Administração refutando aquilo que considera ser "a campanha de difamação", movida ao "Diário de Notícias".
Também nessa tarde, a Administração da "República" apresenta formalmente a queixa judicial.
O PPD na edição do "Povo Livre" desse dia reproduz o comunicado intitulado "Quem quer calar a Imprensa Livre?" e publica o Editorial favorável à Redacção do jornal "República".
Também o PRP-BR se refere às "lutas de galo entre o PS e o PC que nada têm a ver com os interesses dos trabalhadores portugueses".
"O PS está a desenvolver uma perigosa campanha procurando pertubar a opinião pública e agravar a clima político do País", afirma o MDP / CDE num comunicado distribuido em que apela para a trilogia UNIDADE - TRABALHO - SERENIDADE.
Também a mensagem do CDS chega manifestando a sua profunda preocupação e afirmando que "o dilema agora é: socialismo sim, mas com ou sem liberdades democráticas".
O PCP não manifesta até ao momento a sua posição oficial. Porém durante o programa de televisão "Responder ao País", nessa mesma noite, Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP, ao ser-lhe perguntado a posição do seu partido, responderá que o PCP "não está concerteza do lado dos que gritam - Abaixo o MFA".




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Retirado de "O Caso República, documentos, entrevistas e comentários"



O Caso República
1997 - Lisboa, Portugal

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Trabalho realizado por:
Pedro Miguel Guinote
Rui Miguel Faias
Mário Rui Nicolau


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