Duas importantes declarações são tornadas públicas pela manhã.

A primeira de novo do Conselho da Revolução "reprova a especulação feita em torno da paralisação do jornal" e a forma "como o litígio foi explorado no interior e no estrangeiro, denegrindo novamente o prestígio do País de maneira absolutamente desproporcionada à importância do incidente".

Também a Comissão Política Central do PCP se pronuncia pela primeira vez sobre a questão, considerando-a "inserida numa vasta e histérica acção do PS contra a política progressiva do Conselho da Revolução e do Governo Provi´sorio, contra o processo democrático, contra as forças revolucionárias, contra o MFA". E adianta a afirmação de que "se o PS destruir com a sua acção o sistema de coligação tira qualquer razão de ser à própria Assembleia Constituinte".

A partir das 15.30 o secretário Nacional do PS reune-se com o Conselho da Revolução numa audiência que demora perto de quatro horas, e após a qual, Sottomayor Cardia reafirma a decisão do PS em não participar nas reuniões do Conselho de Ministros. Após o jantar, também o PCP é recebido pelo Conselho da Revolução.

As forças partidárias continuam a manifestarem-se face à questão da "república". Nesse sentido a Frente Socialista Popular (FSP) acusa o PS de estar "interessado por todos os meios no aprofundamento do processo". Também na Conferência de Imprensa do Movimento da Esquerda Socialista (MES) o PS é severamente criticado, sendo considerado o "caso República" apenas uma ponta da crise "puxada por quem interessava provocar a crise".